BH sobrevive à tentativa de extermínio das sacolas!

A capital de Minas decidiu se tornar a primeira capital do Brasil a substituir as sacolinhas plásticas por produtos chamados de ecológicos; segundo a Lei 9.529/08 que entrou em vigor a partir de fevereiro desse ano.
Supermercados, farmácias, lojas e padarias já não podem embalar os produtos com a dita cuja. Consumidores terão ou que comprar sacolas biodegradáveis ou arrumar outra forma não-plástica de levar tais produtos para casa e, depois de usado, encaminhá-los ao Sistema de Limpeza Urbana.

As embalagens que recobrem os produtos, apesar de em sua maioria plásticas, não estão incluídas nessa Lei. Então, os consumidores poderão levar, em suas ecobags ou em sacolas biodegradáveis, uma infinidade de produtos embalados para casa, conforme permita sua renda.
Não estamos tentando questionar essa proibição, até mesmo por que é um grande passo para a diminuição do uso de tais sacolas a revelia. Porém, não se pode deixar de lado as questões que deram origem a essa proibição: o acúmulo de sacolas por toda a cidade é um jeito de dizer que se está produzindo um turbilhão de lixo!

Por que não tocar na diminuição do consumo? Na separação correta daquilo que possa ser reutilizado como matéria-prima para a indústria, diminuindo, por isso, o gasto de água e energia na fabricação de novos produtos? Numa forma que obriga a indústria a ser responsabilizada pelos danos que seus produtos causem? Numa forma dessa mesma indústria ser responsável pela disposição final de seus resíduos industriais?

Enquanto nos vangloriamos desse passo, extremamente importante por sinal, o Brasil continua a comprar toneladas de materiais recicláveis anualmente. Ao passo que nossos exuberantes lixões ainda existem e se configuram em ganha-pães de tanta gente faminta e que nem sequer precisam usar sacolas plásticas, pois não há o que carregar.


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